Naquela manhã!
Acordou disposto a ficar na cama.
Não levantar, nem ficar acordado;
[SÓ QUERIA VOLTAR A DORMIR.
Ninguém nem a própria mulher o faria desistir.
(...) (...)
E assim, quando ela berrou:
- Zé! É hora de ir pro trabalho!
- UM... UM... UM... ARG... ARG...
PORRA! – pensou.
Negou-se a fazê-lo,
Tentou em vão resgatar o sono, pois esse...
Já havia se perdido no sol da manhã.
Mas, como o sono não voltava e ficar em casa... Pareceu ser pior que ir ao trabalho:
Levantou,
Tomou café,
Olhou para a mulher,
Sorriu; apanhou a maleta,
[acompanhado pela esposa]
Foi até a porta; saiu, tomou um ônibus,
[nervoso]
Olhou o relógio e sussurrou:
- Faltam doze para as oito.
[Acalmou-se!]
Em vinte minutos estaria no trabalho.
Aos poucos...
Sem que percebesse ou entendesse
Fora acometido por uma grande saudade de casa: a mulher, os filhos, a poltrona...
Chegou!
Ao trabalho...
Pensando em voltar pra casa.
[Impaciente,
Permaneceu sentado durante todo o turno.
- pensando em ir embora -
Odiando o emprego, os colegas; o escritório...
Voltou para casa!
- pensando em sair.
Sentou,
Ligou a TV, zapeou; desligou, levantou, pôs o casaco...
Foi para a rua.
Caminhou - pensando em voltar;
Entrou num bar: bebeu! Bebeu! Conversou,
Subiu, desceu, subiu... - pensando em voltar.
Voltou!
Adentrou a casa na ponta dos dedos - pensando em dormir.
Foi até o quarto, tirou o sapato, deitou - pensando em dormir.
Enrolou-se numa coberta,
VIROU- REVIROU- VIROU - REVIROU...
Dormiu!
Pensando em acordar.
E nós estamos/somos sempre assim!
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