06/08/2012

CIRANDA I

Cirandemos!
Dancemos pela Via Láctea da varanda
Observados por um balão furta-cor.
Fora-do-lugar, no lirismo dos morros
Acompanhados pelas mulheres de Itamaracá
Vivamos as esperas, esferas, escoras...
Na marcação do zabumba, do sentir da mais pura encantação.
Cirandeiros, pisemos forte com o pé esquerdo na constelação do Pavão.
Porque dos nossos olhos eriçados,
Amiudados pedaços de lume e de cinzas lunares, ascenderão.
Batizados pela mesma Jaci, a lua, que excitou os lusos-navegantes;
Iluminou ungindo em tons prateados a sés, corpo másculo de Paranoá.
E assistiu ao longe as travessuras do Deus menino.
Pois assim cingidos
Deslembraremos e desmembraremos toda matéria.

(RAMONND, Maurício. 17-07-12)

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